segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Talvez todo ser humano de certa forma tenha algum senso, e saiba que é impossível se definir em um curto espaço de tempo... Afinal, são poucas décadas de vida e vamos nos moldando conforme as circunstâncias que nos vão sendo colocadas à frente.
Acredito que nem daqui 4, 5 ou talvez 6 décadas serei capaz de me auto-afirmar em algo que envolva isto!
Lamentavelmente temos nossos momentos de altos e baixos. Sorrimos, choramos, brincamos, brigamos, julgamos, erramos, às vezes estamos bem e às vezes não... O ser humano é falho e ninguém é perfeito, até que se prove o contrário.
Com o passar do tempo, percebemos que o vivemos hoje nada mais foi do que o lado reverso do espelho de amanhã e assim sucessivamente. Jamais seremos estáveis, estamos sempre em busca do novo, da melhora, do crescimento e da mudança. Apesar de alguns nos regredirem, mesmo assim nos colocamos à prova.
E essa talvez seja a lei de cada um de nós, talvez seja nosso mistério, nosso medo ou até mesmo nosso desejo de ser... A verdade é que nunca saberemos ao certo quem exatamente somos nós, ou saberemos, não sei.
Sendo assim, finalizo e penso que a vida seja uma incógnita a qual não desvendaremos tão fácil.
Todo mundo se modifica ao amanhecer [...]

(Myrella Ruas)
Aquela de pele clara e sorriso aberto, de olhar indefinido e pensamento fixo. Que aprendeu a hora certa de dizer ‘eu te amo’, mas que também aprendeu o momento exato em que se diz ‘adeus’. Ela tem sonhos, sim, ela até sonha, mas não tira os pés do chão. A realidade é crua e as ilusões são prontas!
Chora quando atingida bruscamente, briga energicamente e vive sem entender o por que. Sabe que pessoas não são perfeitas e que a vida não é um conto de fadas, é só um projeto dele.
Está no presente, já nem se importa mais com o passado e tem consciência de que o futuro ‘a Deus pertence!’. O presente é agora, o durante. O passado é um segundo atrás, o antes. O futuro é um segundo depois, o incerto.
Na essência há qualidades, mas também defeitos. Não existe mulher que não tenha sentimentos, nem adolescente que não pense malícia e tampouco criança que não seja inocente.
Ela só procura equilíbrio para ser obediente e não cega, para ser determinada e não teimosa, para ser moldável e não tola, para ser firme e não arrogante, para ser sincera e não machucar.
Quer explicação para a loucura humana, para os problemas cotidianos, para a interrogação sem resposta, para o que não se explica e para a vida. Espera o refúgio para a insanidade, onde o desejo da imaginação possa tornar-se ‘real’ por um breve momento.
Quer amigos verdadeiros, abraços apertados, sorrisos incomparáveis, palavras sinceras e momentos inesquecíveis.
Às vezes ela só quer ficar em paz, olhar para o céu e contar as estrelas, descobrir o mistério do ‘brilho’, a intesidade do ser, e acreditar, por um instante, no que não se acredita.
Ela, como todo mundo, tem consciência de que sua história não começou com ‘Era uma vez...’ e nem vai terminar com ‘Felizes para sempre’.
Todo mundo se modifica ao amanhecer [...]

Os desafios são essenciais, mas manter a cabeça erguida é uma virtude!

(Myrella Ruas)