quinta-feira, 16 de agosto de 2012

O ser humano nunca tem a certeza de nada, apenas das coisas as quais acredita.

(Myrella Ruas)
De fato ninguém até hoje conseguiu explicar de forma exata o amor, apenas sabemos que é algo simples, que traz paz e nos envolve por um todo sem esperar reciproca, e mesmo assim nos faz continuarmos sendo humildemente gigantes ante as diferenças e dificuldades.

(Myrella Ruas)

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Ando observando de meu canto recluso, aquele garoto de sorriso aberto e olhos baixos. - "Você consegue ver por onde seguem seus pensamentos diante daquele riso de desespero? N'alma calejada e coração cansado está um grito sufocado de socorro e a estranha necessidade de mostrar euforia em seus atos milimetricamente calculados."
Penso agora nas lágrimas contidas, nas palavras não ditas e nos suspiros não dados... - "Você consegue ver como seus lábios se calam, mas seu corpo indiretamente transmite sua dor? Juntos eles imploram por um alívio qualquer/imediato."
Eu poderia seguir minha vida e deixá-lo ali, parado, mergulhado em desilusões e descrenças. - "Mas você consegue ver como suas emoções são limitadas?"
No fundo ele era o tal pó, que ao tal voltará.

(Myrella Ruas)
Que mesmo com nossos demônios aflorados, haja paz em nossos corações. E que ambas possamos, ser para cada uma, o seu anjo.

(Myrella Ruas)
Penso que quando nos apaixonamos por alguém, enxergamos além da capa, do embrulho, da carcaça. É a essência que se deixa transparecer. Talvez por um olhar ou sorriso, talvez por um gesto ou palavra, não sei... Simplesmente acontece, de forma inesperada e desprogramada. Essas coisas a gente não planeja, mas deseja e sonha, faz historias de príncipes e princesas, castelos encantados, amor a primeira vista e com ilusionarios finais felizes. No fundo sabemos que papai Noel, coelho da páscoa, fada do dente, etc... Não existem. O que existem mesmo são pessoas com sentimentos semelhantes que se encontram em um certo momento qualquer, e encaixam-se. Assim como você e eu, e todo esse enredo que nos cerca. Mas sabe, de repente tudo parou de funcionar. Deitada nesta cama eu vejo o tempo passar, ele tem passado depressa e eu já nem sei mais o que passou. Se foi sorriso, olhar ou brilho. Algo ficou, não sei se foram palavras, lágrimas ou opacidades... Sinto como se aquela felicidade explosiva estivesse se esvaindo. Sabe quando seu corpo pesa e amortece todo por conta da dor? Eu me sentia assim, anestesiado por aqueles pensamentos e tristezas intensas, profundas e vagamente vazias. Uma mistura de desespero e abandono... No fundo ela era uma pessoa incrivelmente bela, mas não para mim, entende? Não que suas gentilezas não fossem sinceras, mas digo, la dentro de seu íntimo, ela sabia que algumas de suas atitudes pareciam forcadas, talvez por desejar encontrar alguém com todas as qualidades possíveis. De certa forma, ela queria a pessoa perfeita, ou ao menos que fosse intocável a seu modo. Em outras palavras ela buscava afeto e a recíproca era um quase, meio que vazio distante ausente em seu conceito de realidade inquestionável, era ela quem precisava desenrolar os fios e desfazer as tranças ao longo do percurso, de modo que não se permitia ver ou se quer ouvir aos que a alertavam sobre sua suposta indecisão. No fundo ela queria aquilo que não tinha mais coragem para assumir. Ela era momentaneamente intensa, do tipo que se fazia transbordar em uma ou duas palavras durante quatro ou cinco horas... O sentir demasiado em um tempo curto me assustava, porque eu sabia que dali a pouco tudo se tornaria um vazio incompleto ausente e eu continuaria com esse cheio completo presente. O problema é que eu sabia que todos os meus passos estavam seguindo para um caminho incerto, mas insistia, não sei por que, mas continuava. Talvez por no fundo ter uma leve esperança de que tudo fosse dar realmente certo e aquela coisa ligeiramente vaga se torna-se algo concreto. Eu sabia de uma forma bem próxima ou distante, que todo esse desejo de acreditar que daria certo, não passava de uma espera sem resposta que eu conscientemente sabia, mas inconscientemente negava. A menina anda perdendo o encanto, a vontade e o viver. Ela já não irradia mais, não canta e nem delira de amores como antes. Quando você desiste, o mundo inteiro desiste de você. Pense nisso!

(Myrella Ruas)