quarta-feira, 23 de junho de 2010

Mesmo sabendo que nem todas as coisas do mundo são eternas, e tampouco os sentimentos;
Ando por aí, vagando de mãos dadas com a certeza deste amor que habita em mim;
Realizo sonhos e projetos como se a vida durasse em miléssimos de segundos;
Inspiro-me das lembranças inesquecíveis que passei ao seu lado;
Alguns julgam-nos sem saber da verdade que estremece o coração. Outros, pelo simples prazer de atormentar a alma que tão pura canta;
Não existe amor sem pureza e luta;
Ao contrário, amar verdadeiramente, seria tão simples quanto ao ódio que nos cerca.
Bem-aventurados aqueles que têm coragem de expôr seus anseios, temores e desejos;
Recordando o caráter que traz do ventre;
A glória está para os que crêem na inocência do ser;
Nunca, para os que desistem em meio a tempestades;
Confiar tão somente na felicidade que consome, quanto na escuridão que corroe;
O incerto nem sempre é uma afirmativa de que é chegada a hora do ‘adeus’.

(Myrella Ruas)

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Ele nem sequer sonhava ou tinha planos; era como um mito de ser humano voltado para lua esperando a lógica entrar em concordância com o destino para ser feliz. Ouvia vozes ao longo do percurso e mergulhava na solidão do seu Eu materno, com um certo temor escorrendo por suas veias. De longe avistava um mundo concreto, e de perto, bom, de perto não compreendia o que estava ao seu redor. Era uma mistura de loucura e abandono, onde seu mundo se tornava mais bonito e sufocado diante daquele coração que confunde.
Talvez acreditar em fadas e finais felizes fossem apenas ilusões aos olhos nus, criadas para despersar expectativas frustadas. Pois dizia que seguir o vento contrário da noção, não o faria compreender a insanidade do brilho eterno que quase nunca, ou nunca existiu.
Ao dar boas-vindas à morte, deu-se conta, que ser tão singular quanto ao plural que existia nele não era tão importante quanto ser reconhecido pelo impacto do adeus.

(Myrella Ruas)